SINTERGIA-RJ

Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região.

 

 

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Energia, Desenvolvimento e Soberania

(Ana Paula Carrion - 18/09/2008)

 


foto: Equipe SECOM

Cutistas debatem estratégias para as novas matrizes energéticas em seminário. Acompanhe também ao vivo pela rádioweb.

Ocorreu na manhã desta quinta-feira (18), no Hotel Braston (Martins Fontes 333), em São Paulo, a abertura do seminário nacional que debaterá até sexta-feira (19) as estratégias da Central Única dos Trabalhadores para as novas matrizes energéticas. O evento construído em parceria com a  FES ( Fundação  Friedrich  Ebert Stiftung) foi apresentado pelo presidente da CUT, Artur Henrique e pelo representante da FES, Jochen Steinhilber.

Artur enfatizou os objetivos centrais da atividade. “Tenho certeza que conseguiremos aprofundar a reflexão sobre a matriz energética, em especial o petróleo e os biocombustíveis, tendências e decorrências estratégicas deste modelo para o desenvolvimento. Além disso, analisaremos os impactos da adoção dos combustíveis renováveis sobre meio ambiente, o sistema de prioridade e desenvolvimento rural e as condições de trabalho, como também, os impactos das novas matrizes energéticas sobre as relações de trabalho. Os encaminhamentos subsidiarão a formulação de propostas da nossa central.

foto: Equipe SECOM

Na seqüência o professor do Instituto de Economia da USP, Ildo Luis Sauer, expôs o processo da matriz energética brasileira usando momentos históricos como pano de fundo. Para o professor a grande questão é quem ficará com o excedente econômico que resultará da descoberta do pré-sal.“Na minha concepção o grande desafio é organizar  um modelo que delegue à Petrobrás a administração da camada pré-sal a partir de um modelo estabelecido por nós.

Acredito que essa mudança só possa ser feita por uma operação liderada pela Petrobrás a partir da revisão do modelo de exploração e produção, isso sem falar na a criação de um fundo constitucional, que serviria como uma espécie de garantia para as gerações futuras do Brasil”, afirmou.

O coordenador da Comissão Nacional de Meio Ambiente, Temístocles Marcellos Neto, acrescentou ao debate a preocupação de para quem vender. Segundo ele, a CUT deve incluir nas pautas de suas confederações e federações a geração de empregos proporcionais a utilização dos recursos para garantir assim o desenvolvimento e a soberania do país. “Nós devemos oferecer alternativas e propostas para a sustentabilidade da energia”, enfatizou. 

Para o representante da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Franklin Moreira, a questão está na construção de uma política energética que garanta o controle social com a participação de todos os atores. “Lula fez uma reforma importante no setor energético que foi impedir a privatização – ele devolveu a Ministério de Minas e Energia a possibilidade de barrar iniciativas privatistas que ajudaram a barrar algumas tentativas em São Paulo. 

Na parte da tarde, os participantes debaterão a questão do petróleo, regulação e soberania nacional com a presença do Senador Aloízio Mercadante (PT/SP) e o coordenador da Federação Única dos Petroleiros, João Antônio de Moraes.

O Seminário Nacional "Energia, Desenvolvimento e Soberania: Estratégias da CUT" está sendo transmitido ao vivo, on-line em áudio, através do portal do SinergiaSP-CUT (www.sinergiaspcut.org.br), no link "jornaldostrabalhadores". O debate também será objeto de textos publicados no site da CUT e, posteriormente, em revista especial.