Em Assembléia histórica, que durou quatro horas e teve votação apertada,
trabalhadores do Setor Elétrico da base Rio deliberaram pela volta ao
trabalho e aceitaram contraproposta definida em audiência de conciliação no
Tribunal Superior do Trabalho, diante do impasse nas negociações entre as
representações dos trabalhadores e da holding Eletrobras.
Maior base do Setor Elétrico que tem representação nacional, o Rio de
Janeiro — formado pelas empresas Cepel, Eletrobras, Eletronuclear e Furnas —
tinha grande rejeição em relação ao acordo bianual proposto pela empresa e
só com mediação do TST foi possível chegar a um Acordo que se por um lado
não agradou totalmente, pelo menos rompeu o descaso com que a representação
patronal vinha tratando a negociação do ACT.
Para acelerar as negociações, a categoria fez greves de 24 horas num
primeiro momento, que levou a empresa a finalmente começar as negociações.
Como as propostas ainda eram rebaixadas, houve uma paralisação de 48 horas
em seguida e desde o dia 15 de julho foi decretada greve por tempo
indeterminado, encerrada nesta quinta-feira (8 de agosto).
As principais cláusulas aprovadas foram:
I.
6,49% (seis vírgula quarenta e nove por cento), a partir de 01.05.2013;
II. 0,8
% (zero vírgula oito por cento) a partir de 01.05.2013;
III. 0,7
% (zero vírgula sete por cento), a partir de 01.01.2014 para os empregados
com contrato de trabalho vigente nesta data;
IV. Índice
correspondente ao IPCA pleno no período compreendido entre 1º de maio de
2013 e 30 de abril de 2014, a partir de 01.05.2014 para os empregados com
contrato de trabalho vigente nesta data; e
V. 1,0%
(um por cento), a partir de 01.09.2014 para os empregados com contrato de
trabalho vigente nesta data.
A categoria volta ao trabalho nesta sexta-feira (9 de agosto) com a certeza
de que o fechamento do ACT nas bases atuais só foi possível com muita luta,
determinação e unidade.