SETOR ELÉTRICO: segunda rodada de negociação ameaça conquistas.
26.04.2019
Essa é a conclusão a que se pode chegar após a segunda rodada de negociação do ACT 2019, realizada no dia 24 de abril, em Brasília, em que representantes da Eletrobras apresentaram a mais nefasta proposta da história com golpes fatais nos direitos conquistados pela categoria através de muita luta.
E esse quadro pode ser considerado ainda mais grave no momento em que a Eletrobras apresenta lucro recorde de R$ 13 bilhões, mas tem a cara de pau de propor um arrocho sem precedentes para a categoria.
Nega reajuste salarial (cláusula 01), auxílio alimentação/refeição (cláusula 24), auxílio educacional (cláusula 25), e auxílio creche/pré-escola (cláusula 29).
Além disso, propõe a retirada de cláusulas como a de inovações tecnológicas (06), que garante a atuação das entidades de representação na defesa da categoria em caso implantação/alteração/modificação de atividades.
A mais grave é a retirada da cláusula 07 (quadro de pessoal) que possibilita a demissão em massa.
Mas não para por aí. Ao propor a retirada da cláusula 08 (Normas e Regulamentos de Recursos Humanos) fica clara a tentativa de excluir as Entidades de Representação de participação nas alterações das Normas Internas.
Dando continuidade ao rol de maldades, propõe, também, a retirada da cláusula 23 (Mensalidade de Associação/Sindicatos-Desconto/Repasse - desobriga-se ao desconto em folha e repasse dos valores às Entidades de Representação) querendo impedir a continuidade da atividade sindical.
Querem também a retirada da cláusula 32 (Benefícios).
Pensa que parou por aí?
Limita em 66% a Gratificação de Férias (Cláusula 26); congela por um ano as ATS (cláusula 43) e suspende por um ano o SAN (cláusula 44).
Como se não bastasse, propõe, ainda, mudanças na redação das cláusulas 20 (Dirigentes Sindicais), 35 (Parcelamento de Férias) e 37 (Complemento Auxílio Doença), sem apresentar o novo texto.
Trata-se, notadamente, de uma retirada de direitos d@s trabalhador@s e de uma tentativa clara de enfraquecimento, aniquilação, da Representação dos Trabalhadores, com a exclusão da participação das Entidades nas decisões que afetam diretamente os trabalhadores e trabalhadoras.
A resposta a esse rol de maldades é luta e a manutenção e continuidade do histórico de mobilização da categoria.
Estamos convocando trabalhador@s do sistema Eletrobras da base Rio para participar das assembleias, visando deliberação sobre os próximos passos da Campanha Salarial de 2019.
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